Juventude: quem somos nós?


Faço parte de uma juventude que acredita em um mundo melhor e que sabe de sua responsabilidade para promover mudanças e avanços sociais. Sonhamos com mais estudo, um emprego estável e mais oportunidades. Queremos ter uma família unida. Acreditamos em mais cidadania e menos violência. Em mais igualdade e menos corrupção. Os desafios e as perplexidades unem este universo de quase 50 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos. Ao mesmo tempo em que lutamos para garantir espaço no mercado de trabalho, também somos as maiores vítimas de violência, homicídios e doenças sexualmente transmissíveis. São as jovens nesta faixa etária que mais têm filhos e que mais assumem a chefia familiar.
 
Para muitos de nós, a vida sorri. O futuro não nos assusta. Mas, para muitos outros, viver é estar em sobressalto, porque estão longe de nós uma educação de qualidade e boas perspectivas profissionais. Vivemos em famílias desajustadas. O medo faz parte do nosso cotidiano. Bem perto de nós estão a violência, as drogas, a falta de perspectivas. Queremos ser reconhecidos, ainda que à margem da sociedade e da lei.
 
Rotulam-nos de “juventude alienada”. Apontam-nos o dedo e dizem não ter esperança a nosso respeito. Ao contrário, mantemos nosso otimismo além das desilusões e olhamos para o futuro como uma consequência do hoje: não podemos desistir de buscar e acreditar.
 
Não importa onde vivemos. Mobilizamos comunidades e inovamos em nossos relacionamentos e comportamentos. Nossas preocupações incluem um planeta mais saudável, onde todos tenham acesso à cultura, à educação, à saúde e às políticas públicas que nos garantam um viver melhor. Esta é a herança que queremos receber para deixar aos que vierem depois de nós. Atendam nossas urgências e acreditem em nossa capacidade de transformar o mundo. Reconheçam nossa diversidade e singularidade, dêem-nos espaço e seremos protagonistas de nossa própria história
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Assessoria do Redação PMWEB

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