Na noite de ontem os Vereadores socialistas, André Kisuco e Rogério Moura, se fizeram presentes na inauguração da produção, do pecuarista e agricultor, Luiz Eduardo Batalha, dos primeiros litros de azeite de oliva com matéria-prima da região.
O empresário investiu cerca de R$ 3 milhões na compra de equipamentos e irrigação da lavoura de azeitona na região de Pinheiro Machado. Batalha, proprietário da empresa paulista Chalet Agropecuária S.A, investe há seis anos na região e se diz apaixonado pela propriedade em Pinheiro Machado.
O empreendedor, que hoje possui cerca de 40 mil pés de oliveira, informa que adquiriu o maquinário completo para a produção do azeite na Itália. Ele comenta que vários técnicos e especialistas no manejo da máquina estão na propriedade ensinando a operar a nova indústria.
O agropecuarista comenta que há 10 anos conheceu o Sul e investiu em gado. Acostumado a diversificar culturas e produção, pensou em investir nas oliveiras porque não queria competir com um milhão de rótulos de vinhos que existem no mundo. “Resolvi trazer uma coisa diferente e as terras eram propícias para a plantação de azeitonas”, afirma.
Processo de beneficiamento
Segundo o produtor, o maquinário adquirido da empresa líder em centrifugação no mundo, Pieralisi, uma das mais potentes no mercado atualmente, tem a capacidade de produzir 500 mil litros durante a safra. Batalha salienta que a indústria processa em torno de 1,4 mil toneladas-hora. “É preciso incentivar o plantio para suprir a máquina”, ressalta. O investidor salienta que em dois anos ele pretende, com produção própria, suprir 50% da demanda da indústria. O empresário relata que o maquinário faz todo o processo desde a lavagem, desfolhação, estraçalhamento da polpa e caroço, centrifugação até a saída do azeite puro.
Otimista com a produção, o empresário afirma que a região de Sant’Ana do Livramento até Pinheiro Machado, é a nova Califórnia (maior centro industrial dos Estados Unidos e líder nacional na produção de produtos agropecuários).
Parceria
Conforme Batalha, foi firmada uma parceria com a prefeitura de Pinheiro Machado para que a indústria receba e beneficie toda a produção de azeite do município e região. Ele afirma que as terras utilizadas para a olivicultura são as mesmas das ovinoculturas por terem morros, pedras e outras características. “Pegamos emprestadas os campos das ovelhas, em três anos as árvores de oliveira já estão grandes e será possível colocar os animais de volta e com a garantia que terá adubação natural”, destaca.
Outra parceria que está sendo firmada segundo o empresário, é com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele explica que os técnicos irão auxiliar no melhor manejo das plantações para aumentar e incentivar a produção de pequenos agricultores na cultura dos olivais.
Mão de obra
Conforme o empresário, atualmente 20 pessoas trabalham na empresa, porém, dentro da parceria firmada com o município, o investidor pretende contratar mulheres para a fabricação de azeitonas de mesa. Ele comenta que está adquirindo vans para realizar o transporte até a fábrica. “A mão de obra feminina será prioridade para a confecção do produto”, disse. Para Batalha, é uma satisfação poder trazer tecnologia e entusiasmo para a região e oportunizar mão de obra local.
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